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24 de dezembro de 2008

De fato, o caminho da verdade é dos mais arenosos e sensíveis. O homem, na busca pela verdade, está sujeito a crer e não crer naquilo que lhe bem convier: é o princípio do livre arbítrio, lembra? A metafísica é plano a ser estudado com a finalidade de se entender a fé baseada na razão e muitos não a encaram, ou por mero comodismo ou por medo de se verem atormentados pelo ceticismo. Sócrates já se fazia essa pergunta: quem é? De onde viemos? Para onde vamos? E até hoje ninguém sabe dizer, exatamente, muito embora poucos busquem esta misteriosa resposta. O que temos (sobrando) são sofismas, fruto de sofistas que exploram a ignorância do povo, injetando um pseudo-conhecimento que, à primeira vista, parece atender às necessidades daqueles que, pelas injustiças da vida, se encontram vulneráveis, calejados e dependentes de qualquer sinal de ajuda. Como diz um homem que muito admiro: "quem está se afogando agarra em qualquer coisa, até em bola de ferro". Concordo com a posição do nobre colega (e, por sinal, grande amigo, que fez um comentário na postagem anterior) quando diz acerca da disparidade dos doutores da academia em relação aos doutores das igrejas. E é aí que reside a grande crítica. Por que será que não existem doutores nas igrejas? Cremos que nas igrejas deveria haver doutores. Doutores da bíblia, das religiões, da vida. E há para quem não sabe. Há homens extremamente sábios que estudaram (e estudam) a bíblia, estudam Deus, estudam a vida, fazem ciência dentro da igreja e crêem em Deus, muito embora há quem ligue conhecimento a ateísmo. Não sei por que, já que se Deus não queria que usássemos cérebro não haveria nos colocado um. Creio que é para ser usado, apesar de ele nos ser acessível apenas em vinte por cento da sua capacidade. O grande problema é que essas pessoas que se dedicam são a pequenas minorias, muito raros, porque isso requer investimentos e a igreja não está disposta a investir, porque não é de seu interesse. Para "cativar" a massa não é necessário grande conhecimento e "nunca na história desse país (como costuma dizer um famoso Presidente)" isso esteve tão comprovado. Não bastasse isso, essa pequena minoria que se dedica é, na sua quase totalidade, perseguida pelos ignorantes bíblicos, que destroem sua motivação, seu interesse e sua sabedoria, eliminando as poucas chances de se chegar a algo próximo da coerência divina. Se a igreja não investe no conhecimento de seus missionários isso é refletido na qualidade de seus ensinos. Por que será que o conhecimento científico não é uma prioridade da igreja com relação aos seus missionários? Há uma resposta para isso, basta consultar a história da "santa inquisição". É interesse de a igreja ter jovens intelectuais, sábios, aptos a pregar a verdade e a coerência divina, quando poderia fazê-lo da mesma forma com pessoas despreparadas? Ou é interesse da igreja ver o templo cheio de membros para alavanca sua receita e os líderes viverem a desfrutar o grande maná da terra, enquanto pregam o maná celeste? Como dissera um grande escritor português, "Assim é, mas a vantagem da igreja é que, embora às vezes o não pareça, ao gerir o que está no alto, governa o que está em baixo". Isso só me faz pensar uma coisa: não é a "tão buscada verdade" a prioridade da grande maioria das igrejas. Conseqüência? A bíblia é interpretada da pior forma possível, porque seus intérpretes sequer têm capacidade de ler ou desenvolver um texto razoável, quem dirá traduzir, interpretar e, sobretudo, ensinar a sagrada escritura, observando os aspectos históricos, culturais, sociais ou econômicos. Resultado? A bíblia é ensinada de forma rústica, ultrapassada, com uma forma de estudo que só se equipara hoje à cultura das tribos indígenas mais isoladas desse país, quando o conhecimento é dissipado apenas de boca em boca, com total desorganização de idéias, ficando a próxima geração amarrada na veracidade das informações deixadas (de boca) pela anterior, há séculos, sendo violentamente massacrada a letra bíblica, sua interpretação e finalidade. E quando há divergências de idéias? Simples: Funda-se uma nova ramificação cristã, ou seja, uma outra igreja. Não precisamos ir muito longe para comprovar o que foi dito, bastando mencionar que hoje temos várias religiões ocidentais, milhares de variações dentro dessas religiões e todas fundadas, pautadas, erguidas e baseadas no mesmo livro, qual seja, a Bíblia, porém com interpretações diferentes, adaptadas para atender o seu respectivo interesse. Por fim, apenas para esclarecer a finalidade desta postagem e da anterior, não se critica, aqui, Deus, a Bíblia, a religião ou o diabo, nem a igreja "A" ou "B". Criticam-se as igrejas e/ou pessoas que se encaixam nos perfis aqui elencados, devendo servir como grade de encaixe a livre consciência de cada um. Post Scriptum: Apenas para esclarecer, o autor deste artigo não é ateu e não pretende ser. A única coisa que ele não crê é em desordem. Abraço a todos que visitam, lêem e, acima de tudo, participam deste blog, porquanto é o debate a finalidade precípua destas postagens.

Haniel Sóstenis

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