21 de maio de 2010
Conversamos com o proprietário da Salinas Indústria de Pesca, senhor Jorge Bastos, que nos contou um pouco sobre sua empresa e o setor pesqueiro
BLOG – Há quanto tempo o senhor esta neste ramo?
JB – Há 40 anos sendo 37 dedicados apenas a Areia Branca. BLOG – Quais as dificuldades encontradas no setor? JB – As dificuldades são muitas e vem se agravando a cada ano e acho que chegou o ponto do governo tomar uma posição para dar continuidade a pesca da lagosta pois a maneira como vem sendo tomada as decisões fica difícil para o pescador, mas é necessário a gente se adaptar as novas realidades da pesca. BLOG – Quantos funcionários tem a empresa? JB – Nós já chegamos a ter 102 funcionários, mas atualmente não estamos processando e temos apenas 20 funcionários. BLOG – Recentemente a empresa passou por uma reforma, há um pensamento em desenvolver outras atividades alem do trabalho com a lagosta? JB – A reforma se deu primeiro para atender ao Ministério da Agricultura, segundo, a gente tem que se adequar ao comercio europeu, pois ele exige que as empresas tenham um só modelo no mundo inteiro e a gente não tinha como fugir e ao mesmo tempo mudamos para atender o lado do peixe, exclusivamente o atum, pois sentimos que ele vai substituir um pouco a lagosta. BLOG – A chegada do atum melhorou para a empresa? JB – O atum é um pescado especial e para trabalhar com ele precisamos do apoio do governo, pois tem que haver qualificação e instrução desta modalidade de pesca. Na realidade o atum é um produto de exportação e não temos barcos adaptados para esta pesca, se o governo investir aí sim vai melhorar muito. BLOG – Como o senhor vê as recentes linhas de credito criado pelo governo para o setor? JB – O credito esta chegando na hora certa, o segmento é que não esta chegando com facilidade a ele. Os financiamentos exigem uma garantia real, é uma norma que nós, empresários já estamos acostumados, se tivermos garantia a oferecer conseguiremos financiamento. Já o produtor nem sempre tem esta garantia para obter financiamento. BLOG – O senhor faz parte do sindicato. Este tem ajudado ao setor? JB – A gente precisava fortalecer o setor sindical e eu tenho me empenhado muito nesta gestão sindical e com isto encontrei bons amigos dentro da FIERN que tem me ajudado a desenvolver um bom trabalho. Mas minha intenção era unir a indústria e a pesca queria um sindicato que representasse a indústria e o armador de pesca e temos conseguido êxito nesta empreitada. BLOG – A prefeitura de Areia Branca criou uma gerencia de pesca. O senhor sente que isto tem ajudado o setor? JB – Não tenho nenhuma ligação a administração e apesar da minha experiência no setor, nunca fui convidado por ela para opinar sobre esta decisão. Mas conheço o gerente de pesca Chicão do Mel e vejo nele uma pessoa esforçada que trabalha muito pelo setor. BLOG – Qual sua expectativa para pesca da lagosta para este ano? JB – Acredito que os cardumes estão se renovando, ate por falta dos pescadores se moldarem a nova modalidade da pesca, que esta sendo de covos e nem todos estão pescando assim. Há uma necessidade de mais apoio do IBAMA, é como vejo uma saída para isto, uma coisa é certa, lagosta tem. BLOG – como o senhor se sente no setor? JB – O setor é bom, a gente consegue fazer amigos, consegue ajudar as pessoas, consegue abrir outros caminhos e para isto tenho contado com outros amigos como o senador José Agripino, a senadora Rosalba e Abraão Lincoln, que tem sido um braço forte na luta do setor pesqueiro.

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