28 de abril de 2012


O tema acima talvez soe pesado por demais para aquelas famílias que felizmente não tem passado por essa triste realidade que hoje atinge muitos lares. A questão do crack não é um problema local. Infelizmente essa droga não está destruindo famílias e dizimando jovens, crianças e adolescentes somente aqui em Areia Branca. O crescente consumo dessa droga que tem o poder de dependência em apenas algumas tragadas é de ordem mundial. Claro que o seu consumo se dar principalmente nos países da chamada zona periférica da economia mundial.
O crescente consumo do crack se dar pro vários fatores, dentre os quais, o valor, é bem inferior as demais drogas mais consumidas por esses usuários. O seu fácil acesso de compra é outro fator determinante para o aumento de seus dependentes. Geralmente o local mais frequente para se comprar o crack são as áreas periféricas bem como as esquinas de nossas cidades.
De quem é a culpa. Do Estado? Da sociedade? A verdade é que não precisamos procurar culpados, o que precisa ser feito e de imediato, é encontrar soluções para uma realidade que está fugindo do controle não somente do Estado como da própria sociedade que em alguns casos, se ver de mãos atadas por falta de um aparato mais eficiente.
São poucas as pessoas que se tem notícia da realidade de nossos jovens, adolescentes e crianças que a cada dia se envolvem com essa droga letal.  A situação é preocupante sim. Não é nenhuma mentira e tampouco sensacionalismo. Não é preciso divulgar dados, fotos, vídeos ou algo parecido para constatar essa triste realidade. Bastam caminhar a noite que irás encontrar jovens, crianças e adolescentes muitas vezes mendigando um trocado para comprar a sua própria morte. Muitos quando não pedem algum dinheiro nas ruas, preferem roubar objetos de dentro de suas próprias casas para vender ou trocá-los diretamente com o traficante por umas pedras.
No último dia 14 (sábado), quando caminhava pela Rua Floriano Peixoto, mais precisamente em frente ao Banco do Brasil, encontrei um adolescente dormindo no chão ao léu e ao Deus dará. Parei por um instante para verificar quem era aquela pessoa que se encontrava ali entregue a própria sorte. Constatei que era realmente um adolescente e que pela sua fisionomia parecia ter no máximo seus 15 anos. A cena que acabara de vê entristeceu-me profundamente. O adolescente que estava ali é o mesmo que algumas vezes o encontro nos comércios e lanchonetes pedindo dinheiro. Poderia ser meu filho, como poderia ser o seu filho. Com certeza muitos que passaram por aquele local viu a mesma cena. Não me interessa se àquela cena degradante comoveu ou deixou de comover as outras pessoas. O que me interessa realmente é saber como o Estado e a sociedade irá conter essa cólera que a cada dia tem feito novas vítimas de um destino muitas vezes sem volta?
Essas pessoas não precisam de nossos lamentos ou dó. Elas precisam sim, urgentemente de apoio e tratamento.

Areia Branca - RN, 28 de abril de 2012.
Glauco Araújo

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