17 de outubro de 2014

      Por Gilson de Souza  


                Não é de agora: há muito tempo que já cheguei a seguinte conclusão: chega de tantos debates entre candidatos nas campanhas eleitorais. Não que seja contra o debate em si, claro que não, pois é uma das principais formas de se conhecer bem o candidato e suas propostas, ao vivo, por sua própria capacidade.
            Quando falo em debates, refiro-me a todos os níveis na eleição, desde prefeito, governador e presidente. O problema está na quantidade. Quando bem utilizado, planejado, é uma excelente oportunidade. No entanto, justamente por sua importância e por despertar o interesse nas pessoas, os meios de comunicação de certo modo banalizaram os debates, principalmente as grandes emissoras de televisão, que vêem neles um momento de atingir o maior IBOPE naquele instante. Esse é o interesse delas nesses debates.
            Assim, cada emissora promove um e por conta da força que têm, os candidatos ficam como que obrigados a terem que participar de cada um deles. Imagine se um desiste de ir, sendo um dos primeiros colocados. Aí vai ser queimado vivo nas reportagens dessa emissora, pois dirá que foi um desrespeito ao eleitor, quando por trás disso está o interesse dela em ganhar audiência e IBOPE.
             No caso específico agora destas eleições presidenciais, já tá enchendo o "saco". Ninguém aguenta mais. São tantos, que se tornaram repetitivos. Já supomos o que cada um vai perguntar, o que o outro vai dizer, enfim, isso sem falar nas acusações de parte a parte. Resultado: muita baixaria, acusações, etc.
           Para finalizar, dou uma sugestão: em cada nível, para prefeito, governador ou presidente, em cada turno, deveriam haver apenas dois debates: um logo no início da campanha e o outro no final, a três dias das eleições. E pronto.
            E digo mais: esses debates, em caso de eleição para presidente, em nível nacional, como é o caso agora, quem deveria organizar tais debates seriam entidades civis ou religiosas, sem nenhum laço com qualquer tipo de organização partidária. Igrejas, entidades, federações, nunca pelas emissoras de TV ou rádio. Quem quisesse, e se o interesse mesmo é o conhecimento do eleitor, cada uma iria transmitir esse debate. Não precisaria acontecer dentro do estúdio de cada uma delas em separado.
           No caso específico destas eleições presidenciais, esses debates entre Aécio e Dilma já passaram do limite. Só em questão de uma semana agora serão quatro, cada um promovido por cada uma das maiores emissoras de TV. Pior que ainda há um para este domingo. E outro na próxima quinta-feira.

     Ainda há tempo de se refazer as coisas: cancelar esses dois e apenas promover um por uma organização independente. A emissora que quisesse transmitir, que transmitisse. Aí sim, nós eleitores agradeceríamos. 

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