2 de maio de 2017
Desde a serra de Martins/RN, onde foi tratar de Literatura com o imortal da AMOL (Academia Mossoroense de Letras), Dr. Paulo Negreiros, e com o intelectual François Silvestre, o escritor Francisco Rodrigues da Costa, o nosso Chico de Neco Carteiro, toca o sino, avisando-nos do lançamento de PORTO FRANCO, seu mais recente livro. O evento acontecerá amanhã, quarta-feira, 03 de maio, na Câmara Municipal de Areia Branca, às 19 horas, e contará com a cobertura da TV TCM de Mossoró. A obra é o retorno de Chico ao seu memorialismo apaixonado e puro, que fala do cotidiano areia-branquense dos anos 30, 40 e 50 do século passado. Ele se havia enveredado por dois romances: Perdão e Guanabara. Agora, está de volta com suas crônicas encantadoras, transformando em poesia a cidade do passado. “Assim como as águas das chuvas caídas na serra de Luís Gomes correm para o rio Apodi, para desaguar no mar, o trem deslizava nos trilhos desde a cidade de Alexandria até chegar a Porto Franco, à beira da maré de Areia Branca. [...]”, é como o escritor se refere ao antigo trem que fazia a linha desde a região serrana potiguar até o saudoso porto que outrora marcou época em nossa região, hoje conhecida como Costa Branca. Mas, Chico não abandonou sua paixão pelas coisas simples da meninice daqueles tempos. Vejam o trato que dá às brincadeiras tão comuns entre crianças de sua época: “[...] Os banhos de maré, que maravilha! Idas e vindas a nado até as barcaças [...] ‘─ Cheiro de melancia!’ ─ gritava algum menino avisando o perigo que rondava nossa área de lazer. Esse odor assustador significava arroto de tubarão. [...]”. Fala-se, nos bastidores do mundo literário, que toda essa poesia vem do seu amor transcendental por Areia Branca; um sentimento profundo que faz Chico de Neco Carteiro escrever textos maravilhosos. É um amor que enche seu coração de saudade; saudade que não se acaba. “[...] Eu sei que você já viu um pé de goiaba, um pé de laranja e um pé de manga. Pode até ter plantado algum no quintal da sua casa [...] Mas suponho que você nunca viu um pé de saudade. [...]”, diz o escritor.

Para quem gosta de Areia Branca e de boa literatura, vale a pena participar. Não percam.


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