3 de fevereiro de 2020
Na
mensagem anual do Governo do Estado à Assembleia Legislativa entregue nesta
segunda-feira, 03, a governadora Fátima Bezerra conclamou os deputados
estaduais e a sociedade como um todo a continuar a construção de um novo ciclo,
iniciado em 2019, para superar os desafios que estão colocados à administração
pública. "As dificuldades não são maiores do que nossa disposição em
construir uma sociedade mais justa e igualitária. Tenho certeza de que
continuaremos trabalhando juntos, Governo, Assembleia Legislativa, demais
Poderes e sociedade, na construção de um Rio Grande do Norte cada vez mais
desenvolvido e menos desigual", afirmou.
A
governadora citou as realizações do primeiro ano da gestão e ressaltou "em
nosso governo, as secretarias deixaram de ser ilhas isoladas e passaram a
trabalhar de forma intersetorial, considerando a complexidade dos problemas e a
necessidade de ação conjunta e plural para que possamos dar respostas
satisfatórias à sociedade". Ela acrescentou que nenhuma ação de Governo
foi feita em separado do povo. "Nosso primeiro ano de governo foi marcado
pela participação social e pelo fortalecimento dos conselhos de controle
social. Debatemos e formulamos as políticas que estamos desenvolvendo em
conjunto com a sociedade civil, nas mais diversas áreas."
Fátima
Bezerra explicou que o governo tem mantido uma relação de permanente diálogo,
inclusive com o setor produtivo do Estado, visando a consolidação de novos
investimentos e fortalecimento dos negócios já existentes. E citou o Programa
RN + Competitivo, + Produtivo, + Inclusivo, um conjunto de treze iniciativas
para estimular a retomada do crescimento econômico do Estado por meio da
atração de investimentos, qualificação profissional e geração de empregos.
Destacou também o PROEDI, que contempla demandas de mais de 10 anos do setor
industrial do Estado e que foi construído em conjunto com quem produz e
emprega.
PREVIDÊNCIA
Sobre
a reestruturação da Previdência Estadual, a governadora reconheceu: "Este
é um passo do qual não podemos nos eximir. Com o desfecho no plano nacional, os
Estados ficam obrigados a realizar suas reformas até 31 de julho de 2020, sob
pena de receberem sanções. Na alteração do Art. 167 da Constituição, que trata
das vedações, está dito que o Estado que não tiver enquadrado nas regras da
previdência, ou seja, sem déficit atuarial ou financeiro, terá seu Certificado
de Regularização Previdenciária suspenso", alertou.
Assim,
destacou Fátima Bezerra, os Estados ficam obrigados a mostrar que não têm
déficit ou que adotaram medidas para saná-lo ao longo do tempo. Caso isso não
ocorra, ficarão impedidos de receberem transferências de recursos federais,
firmar convênios se obter aval para empréstimos. Ou seja, o Estado que não
realizar a reforma, ficará ingovernável.
O
Rio Grande do Norte tem uma das situações de maior gravidade com relação ao
déficit da previdência. Inclusive se forem considerados apenas os Estados do
Nordeste. "Estamos em pior condição porque, ao contrário dos demais
Estados que já vinham adotando medidas para equalizar o rombo, aqui os governos
só agravaram esse déficit, retirando recursos que compunham o fundo
previdenciário sob o pretexto de atualização de salários, o que não
ocorreu", disse a Chefe do Executivo.
Em
2019, por mês, o déficit nas contas do Instituto de Previdência dos Servidores
Públicos do Estado (Ipern) foi de R$ 120 milhões. Isso correspondeu a um débito
de R$ 1,57 bilhão ano, valor 15,6% superior ao de 2018. E só foi possível
cobrir a diferença no ano passado, porque o Poder Executivo aportou recursos do
Tesouro Estadual ao Ipern.
De
um ano para o outro, o desfalque foi ampliado em R$ 212 milhões.
"Infelizmente, os governos passados – todos eles – permitiram essa
situação chegar ao profundo do desequilíbrio de hoje. Se nada for feito, esse
problema será ainda maior ao fim de 2020. Nossa previsão é de que o déficit
atinja R$ 1,875 bilhão este ano, um incremento de meio bilhão de reais em
apenas dois anos", informou a governadora.
Ela
também explicou que diante da necessidade imperiosa da reforma, e com vistas a
equacionar essa situação, o Governo do Estado fez uma série de estudos para
encontrar a melhor proposta. "Como cabe a um governo de perfil
democrático, os estudos e propostas foram submetidos ao diálogo franco,
responsável e transparente com o Fórum Estadual dos Servidores, e com o
conjunto da sociedade, ao contrário de outros Estados onde as Casas
Legislativas receberam as propostas de reforma sem que tivesse havido diálogo
com os trabalhadores. Conosco não poderia ser dessa forma. Realizamos várias
rodadas de diálogo com os servidores, ouvindo suas críticas legítimas, frente a
um tema tão espinhoso. Não é justo, nem podemos admitir, que os servidores
arquem sozinhos com os custos desse déficit que não foi criado por eles",
afirmou.
E
acrescentou taxativamente, a governadora: "Tenho colocado claramente que
temos de fazer a reforma, mas uma reforma diferente da realizada pelo Governo
Federal. Não vamos tratar os desiguais de forma igual. Vamos enviar para esta
Casa uma proposta de reforma da previdência que protege os servidores ativos e
inativos que recebem os menores salários, garantindo o caráter progressivo da
medida.”
Dentro
dos critérios pré-definidos, a governadora lembrou que as mudanças na idade e o
tempo de contribuição mínimos para a aposentadoria na proposta estadual também
são menores do que as realizadas a nível federal. “Enquanto a reforma da União
aumentou 7 anos na idade mínima da mulher, nossa proposta aumenta em 5 anos.”
Para
as professoras e professores da rede estadual, as regras de transição, tanto
por acúmulo de pontos como por pedágio também foram suavizadas, em comparação
com a reforma nacional. A idade mínima aumenta somente em 2023 para 52 e 57,
mulheres e homens, respectivamente.
"Portanto,
nosso esforço e de toda a equipe econômica do nosso governo, tem sido chegar,
através de muito diálogo, a uma proposta que possa mitigar os impactos para os
servidores e dar passos para solucionarmos o déficit existente”, pontuou
Fátima.
Na
mensagem, a governadora ainda apresenta as realizações do Poder Executivo
estadual em 2019 e diz: "Estamos revertendo as expectativas pessimistas
que acompanhavam o nosso Estado ao longo dos últimos anos. Sabemos que muito
mais precisa ser feito, será, e os resultados vão continuar aparecendo".
Fátima Bezerra encerra citando o compositor e poeta Milton Nascimento: “Se
muito vale o já feito, mais vale o que será.”
Foto;
Assecom GAC
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