17 de março de 2020
O
ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou há ontem que o governo pretende
injetar até R$ 147,3 bilhões na economia nos próximos três meses para amenizar
o impacto do coronavírus sobre a economia e o sistema de saúde. Segundo o
ministro, a maior parte dos recursos vem de remanejamentos, de linhas de
crédito e de antecipações de gastos, sem comprometer o espaço fiscal no
Orçamento.
Conforme
Guedes, até R$ 83,4 bilhões serão aplicados em ações para a população mais
vulnerável, até R$ 59,4 bilhões para a manutenção de empregos e pelo menos R$
4,5 bilhões para o combate direto à pandemia.
“Vamos
cuidar dos mais idosos. Já anunciamos os R$ 23 bi para entrar em abril e mais
R$ 23 bi para maio (sobre antecipação para aposentados e pensionistas do INSS)
e antecipar abonos para junho (R$ 12 bi)”, diz Paulo Guedes ao falar das
medidas para a população mais vulnerável.
O
ministro definiu como prioritárias três das 19 propostas em tramitação no Congresso
Nacional que constam de ofício enviado na semana passada aos presidentes da
Câmara e do Senado. A primeira é a Proposta de Emenda à Constituição do Pacto
Federativo, que descentraliza recursos da União para estados e municípios.
A segunda é a aprovação do projeto de lei que autoriza a privatização
de Eletrobras, que renderá R$ 16 bilhões ao governo neste ano.
A
última proposta considerada prioritária por Guedes é o Plano de Equilíbrio
Fiscal, programa de socorro a estados pouco endividados, mas com dificuldades
financeiras por causa do comprometimento dos orçamentos locais com servidores.
O
ministro citou ainda medidas que já entraram em vigor, como a liberação de R$
135 bilhões nos compulsórios – parcela que os bancos são obrigados a depositar
no Banco Central (BC) – e as decisões do Conselho Monetário Nacional (CMN) para
apoiar a renegociação de dívidas das empresas e das famílias.
População
vulnerável
Na
semana passada, o governo tinha anunciado a antecipação da primeira parcela do
décimo terceiro de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS) de agosto para abril e a redução do teto de juros, o aumento da
margem e a extensão do prazo de pagamento do crédito consignado (com desconto
na folha de pagamento). Agora, Guedes anunciou a antecipação
da segunda parcela do décimo terceiro do INSS de dezembro para
maio, num total de R$ 23 bilhões; a antecipação do abono salarial para junho
(R$ 12,8 bilhões) e a transferência de valores não sacados do Programa de
Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep)
para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), num total de R$ 21,5
bilhões.
Parte
do patrimônio de R$ 21,5 bilhões do PIS/Pasep, formada por valores não sacados
por trabalhadores que já morreram, irá para uma reserva que financiará o saque
por herdeiros. O restante será destinado a novos saques do FGTS, em moldes
semelhantes ao saque imediato, realizado no ano passado.
O
governo pretende ainda reforçar o Bolsa Família, com a destinação de até R$ 3,1
bilhões para incluir mais de 1 milhão de pessoas no programa. Os recursos virão
de remanejamentos do Orçamento a serem discutidos com o Congresso.
Empregos
No
pacote de manutenção dos empregos, o governo pretende permitir a isenção, por
três meses, das contribuições dos empresários para o FGTS (R$ 30 bilhões) e da
parte da União no Simples Nacional (R$ 22,2 bilhões). O dinheiro deixará de ser
pago por 90 dias, mas o valor será ressarcido em prazo ainda não definido. No
caso do FGTS, a equipe econômica informou que as contribuições em atraso
poderão ser quitadas somente em 2021.
Outra
medida consiste na redução em 50% das contribuições para o Sistema S (que
inclui o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - Senai; Serviço Social do
Comércio - Sesc; Serviço Social da Indústria- Sesi; e Serviço Nacional de
Aprendizagem do Comércio- Senac) por três meses, num total de R$ 2,2 bilhões. O
Programa de Geração de Renda (Proger), do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT)
reforçará o crédito a micro e pequenas empresas em R$ 5 bilhões. O governo
também pretende simplificar as exigências para a contratação de crédito e a
dispensa de Certidão Negativa de Débito na renegociação de crédito e facilitar
o desembaraço (liberação na alfândega) de insumos e matérias primas industriais
importadas antes do desembarque.
Combate
à pandemia
Nas
ações diretas de combate à pandemia de coronavírus, o governo pretende destinar
R$ 4,5 bilhões do fundo do DPVAT para o Sistema Único de Saúde (SUS). O
dinheiro se somará aos R$ 5 bilhões de emendas parlamentares remanejadas para o
SUS, liberado por medida provisória assinada no fim da semana passada.
O
governo também reduzirá a zero as alíquotas de importação para produtos de uso
médico-hospitalar até o fim do ano, desonerar temporariamente de Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI) para bens importados e bens produzidos
internamente usados no combate ao Covid-19.
As
medidas, explicou o Ministério da Economia, se somam à suspensão da prova de
vida dos beneficiários do INSS por 120 dias, à preferência tarifária e à
prioridade no desembaraço de produtos de uso médico-hospitalar.
Bolsonaro
O
presidente Jair Bolsonaro comentou em sua conta do Twitter sobre o anúncio
feito pelo Ministério da Economia.
- Visando combater os impactos
causados pelo novo coronavírus, anunciamos a liberação de até R$ 147,3 bilhões,
que serão destinados ao atendimento aos mais vulneráveis, à manutenção de
empregos, reforços na saúde, entre outras ações.
Detalhando:
até R$ 83,4 bilhões para a população mais vulnerável;
até R$ 83,4 bilhões para a população mais vulnerável;
até R$ 59,4 bilhões para
manutenção de empregos;
até R$ 5 bilhões no combate à
pandemia.
Por Wellton
Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília
Foto: Wilson dias
agencia_brasil
Edição: Bruna
Saniele
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