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15 de maio de 2020

Nelson Teich pediu exoneração, nesta sexta-feira (15), do cargo de ministro da Saúde. Ele já havia manifestado a dificuldade de conciliar os desejos do presidente Jair Bolsonaro sobre o uso de cloroquina e flexibilização do isolamento com o que é possível fazer dentro dos recursos disponíveis no país e o que preconiza a ciência.
Por outro lado, Bolsonaro, na saída do Palácio da Alvorada, avisou que ia alterar hoje o protocolo de uso da cloroquina no combate ao coronavírus. Ele afirmou que “é direito do paciente” decidir sobre o seu tratamento e defendeu o uso da droga “desde o começo”
Atualmente, a recomendação do Ministério da Saúde é que o medicamento seja usado no tratamento de pacientes em casos graves da Covid-19. A indicação constava em protocolo publicado pelo ministério ainda na gestão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta. Até o momento, não houve nenhuma pesquisa ou estudo que comprovasse o efeito positivo e indiscriminado da cloroquina no tratamento da doença.
Em meio à pandemia, que soma 202.918 casos confirmados de infectados pelo coronavírus no Brasil e 13.993 mortes provocadas pela doença, já é segunda troca no Ministério da Saúde. Em menos de um mês, Mandetta foi demitido do cargo pelo presidente, após um processo de fritura, também pela resistência na indicação indiscriminada da cloroquina e na flexibilização do isolamento social.
Nesta semana, Teich foi criticado também por gestores estaduais e municipais por diretrizes para orientar a flexibilização do isolamento social.
“É inoportuno falar de flexibilização quando vemos aumentar a cada dia o número de mortos e de casos, e de pessoas adoecendo gravemente. Estamos subindo ainda a montanha da epidemia”, afirma o presidente do Conselho Nacional de Secretários Estaduais da Saúde (Conass), Alberto Beltrame.
Os primeiros pontos do plano foram anunciados pelo ministro no mesmo dia em que o presidente Bolsonaro decidiu considerar salões de beleza e academias como serviços essenciais. A normativa do Ministério da Saúde não é obrigatória, mas ela aumentou a pressão política contra o distanciamento rígido que vem sendo implementado em alguns estados para desacelerar o contágio do vírus.
O secretário-executivo da pasta, general Eduardo Pazzuelo, que não é médico, deve assumir a pasta até o presidente definir o substituto de Teich. O nome do deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), que também é contra as medidas de isolamento social, voltou a ser ventilado no Planalto.

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NOTÍCIA CRISTÃ

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