A campanha majoritária no Rio Grande do Norte leva vantagem no interesse que produz junto ao eleitorado em relação à campanha proporcional. E nesta presente campanha, fato inusitado, a disputa pelo senado ganhou mais notoriedade que a campanha principal, de Governo do Estado. Também pudera. Três grandes lideranças, ex-governadores do Estado, disputam o voto do eleitorado, apresentando suas armas e tentando um xeque-mate antes da abertura das urnas. Entre Garibaldi Alves, José Agripino e Wilma de Faria a certeza que temos é a amostragem fornecida pelas pesquisas de intenções de votos que os colocam exatamente nas posições que aqui foram citadas. Números são descartáveis na medida em que há para todo gosto.

Já na disputa proporcional as coisas estão bem mais emocionantes. Não quero exercitar a futurologia ou mesmo a vidência. Queria mesmo era ter comigo um “polvo” que pudesse me dizer, por antecipação, quem seriam os eleitos em 03 de outubro. Temos condições mínimas de apontarmos algumas possibilidades eleições.

Para a Câmara Federal existem apostas de que a ocupação das cadeiras será um placar de 3-3x2. A coligação “A Força da União” elege três, a “Por um Rio Grande do Norte Melhor” outros três e a “Vitória do Povo” elegeria dois. Pode ser. Porém chamo a atenção dos senhores para a possibilidade dos candidatos João Maia, Henrique Alves e Paulo Wagner ultrapassarem a contabilidade feita até então e puxarem consigo uma quarta vaga para a coligação da qual fazem parte. Ocorrendo assim quem dançaria com uma cadeira? A coligação “A Força da União” dá demonstrações de ter mais fôlego que a “Vitória do Povo” para enfrentar essa luta. Fábio Faria e Felipe Maia são tidos como puxadores de votos e podem surpreender na soma dos votos de Rogério Marinho e Betinho Rosado, assegurando a coligação, três vagas. Na “Vitória do Povo” há certo desencanto da chapa proporcional. Fátima Bezerra será a campeã de votos, garantindo a vaga que sobraria da disputa com as outras coligações. Sandra Rosado perdeu substância, porém mantém um ritmo acelerado de campanha que deve colocá-la a frente de Wober Junior, candidato preferencial do sistema governista. O candidato Adenúbio Melo mantém a expectativa dos votos evangélicos, porém é certo que ocupe a quarta colocação na coligação.

Mais difícil é projetar ou divagar sobre a ocupação da Assembléia Legislativa. Acreditamos que a coligação “A Força da União” eleja 06 deputados: Getúlio Rego, José Adécio, Leonardo Nogueira, Gesane Marinho, Raimundo Fernandes e Ricardo Motta. Ficando Ney Júnior, Chico da Prefeitura, Antonio Jácome e Francisco José na disputa por uma, possível, sétima vaga. A “Vitória do Povo” pode eleger quatro deputados: Larissa Rosado, Tomba, Ezequiel Ferreira e Gustavo Carvalho. Lauro Maia e Márcia Maia disputam uma, possível, quinta vaga. A coligação “Coragem pra Mudar” pode eleger dois deputados: Agnelo Alves e Roberto Germano. Embora a votação obtida por Flaviano Monteiro e Sargento Regina possa surpreender e dar a coligação uma terceira vaga. O PT, sem coligação para deputado estadual, pode eleger dois deputados estaduais: Fernando Mineiro e José Júlio. A coligação formada pelo PHS/PP/PTC e PRB pode eleger dois deputados: Fábio Dantas e Valdir Trindade. Nesta coligação são puxadores de votos, além destes dois, os candidatos Dr. Salismar, Gilvan Carlos, Miguel Mossoró e Sérgio Andrade e é possível que possam surpreender com a ocupação de uma terceira vaga. O maior fenômeno é a coligação “Por um RN Melhor”. Esta coligação formada pelo PMDB-PV-PR poderá eleger uma bancada com nove deputados: Walter Alves, José Dias, Nélter Queiroz, Luiz Almir, Gilson Moura, Vivaldo Costa, Kelps Lima, George Soares e Poti Júnior. Correndo por fora estão Miguel Weber, Gustavo Fernandes, Antonio Petronilo e Hermano Morais.

O que faço aqui são divagações com base em informações e algumas pesquisas (super falíveis). O quadro poderá ser alterado, embora acredite em pouquíssimas modificações.