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11 de fevereiro de 2021

 


O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o médico e militar Antônio Barra Torres, é um dos críticos da aprovação no Congresso de uma Medida Provisória que ordena que a Anvisa autorize, em cinco dias, o uso de vacinas já aprovadas em outros países, incluindo a Rússia, que produz a Sputnik V.

Em entrevista ao repórter Eduardo Militão publicada hoje no UOL, ele acusa o Congresso de interferir politicamente no órgão responsável por analisar, autorizar ou negar, o uso de vacinas contra a covid-19 no Brasil. Para Antônio Barra, a mudança proposta pelos parlamentares foge da questão técnica num tema ligado à vida humana.

"O Parlamento está colocando a mão dentro de um lugar que prima pela ciência."

Em outra frente, Barra, que é almirante da Marinha, não se opõe à última indicação do presidente para ocupar uma vaga na diretoria da Anvisa. Bolsonaro indicou o militar Jorge Luiz Kormann, sem formação na área de saúde, para ser sabatinado no Senado. "Se ele é um bom gestor, ele pode somar, sim. A diretoria é uma questão de gestão."

Hoje, dos quatro diretores titulares na Anvisa, apenas um não é profissional de saúde: o advogado Alex Campos. Os outros são médicos ou farmacêuticos. Temporariamente, um servidor da Anvisa ocupa uma vaga de diretor até a chegada do próximo aprovado pelo Senado. Já Kormann "não possui experiência no campo de atividade da agência reguladora", criticou a associação de funcionários da Anvisa (Univisa).

Clarice Cardoso, do UOL, em São Paulo

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