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12 de março de 2021

 O Ministério da Saúde assinou hoje um contrato para receber 10 milhões de doses da vacina Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya da Rússia e importada pelo laboratório União Química. O imunizante diz ter 91,6% de eficácia contra casos sintomáticos da covid-19.

O cronograma inicial prevê que 400 mil doses da vacina cheguem ao Brasil até o fim de abril. Em maio, a expectativa do governo é receber outros 2 milhões de doses e, em junho, mais 7,6 milhões.


A Sputnik V ainda não tem registro ou autorização de uso emergencial pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

De acordo com uma lei federal sancionada no início da pandemia, no ano passado, a Anvisa tem 72 horas para se manifestar se válida ou não o registro de uma vacina contra covid-19 concedida por uma das agências sanitárias nacionais de Estados Unidos, União Europeia, Japão e China —a Sputnik foi aprovada na Rússia e também na Argentina.

Em nota, o Ministério da Saúde ressaltou que aguarda a União Química conseguir liberação de uso da vacina com a Anvisa.

Já são usadas no Brasil a AstraZeneca/Oxford, já com registro definitivo, e a CoronaVac, do Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac. A da Pfizer foi autorizada permanentemente, mas ainda está sendo negociada sua compra. O Brasil não alcançou 5% de população vacinada.

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), responsável pela produção da vacina de Oxford, disse que receberá em março o dobro da quantidade de insumos prevista. Com a chegada dos novos lotes de matéria-prima, prevê fabricar 30 milhões de doses até maio.

Lúcia Valentim Rodrigues, do UOL

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